Voltei a atenção para Karma e Frances, a ruiva lhe cumprimentou com um exagerado entusiasmo na voz. ”Quem vê essa simpatia nem desconfia que é brava como uma selvagem.” Pensei comigo mesmo, com os dedos cruzados escondidos atrás das costas num desejo mental de que ela não estivesse lendo meus pensamentos. A simpatia não foi correspondida por minha pequena, tendo em vista que antes de eu me dirigir a Charlie ela havia desferido um tapa na minha mão quando fui a apresentar para Karma, tapa esse que eu preferi não comentar, porém não havia esquecido. Ela apenas retribuiu o aperto iniciado pela ruiva e lhe falou o seu nome. Mordi o lábio inferior com a cena, houve uma tensão muito explícita por parte de Frances para com a minha outra amiga que eu havia arruinado sua noite dias atrás, mas não comentei nada em voz alta naquele momento, apenas encolhi os ombros e esbocei um pequeno sorriso. — Ela não é do tipo extravagante com desconhecido. Não é? — Tentei contornar a situação de uma maneira amigável, e dessa o beliscão desferido no outro partiu de mim para Fran, que se encontrava colada a meu corpo lateralmente desde o momento que a puxei. — Enfim, acho que antes de ir ao bar, sua amiga tem que resolver uma situação... — Tombei a cabeça para o lado, indicando com o olhar o garoto que insistia em a cantar na espera de obter algum resultado.
— Acho que a gente se vê. Me liga quando ver o pacote na sua casa. — Finalizei a frase fazendo uso de uma piscadela simpática e um sorriso de mesmo sentimento. Deixei as garotas para trás e me dirigi em passos despreocupados até o bar, lembrando dos comentários que Fran havia feito sobre o final daquele evento não ter um fim muito bom. Durante o percurso, realmente levei sua palavra em consideração, não havia nenhum monitoramento por alguma força armada, seja ela de domínio federal ou terceirizada nem nenhum atendimento médico rápido, ou algum veículo da saúde que pudesse efetuar uma viagem rápida até um hospital em caso de algum acidente ou uma possível briga. — Eu não acho que vá dar em algo. — Toquei no assunto na véspera do momento em que chegamos ao balcão portátil feito de uma madeira de excelente qualidade, com detalhes decorativos feitos a mão que devem ter custado uma quantia considerável para quem fez o pedido e acarretado um pagamento generoso para quem realizou o trabalho manual. Desvencilhei a garota de meu corpo para poder me encaixar na nuvem confusa de pessoas que lotou as bordas do balcão, me imprensei entre dois corpos e logo me vi em um espaço reduzido que nunca imaginaria que um corpo como o meu fosse ocupar aquilo, porém, mesmo tendo separado os nossos corpos, minha mão segurou firme na sua antes de eu me meter naquele balcão, e eu a segurava firme, por um momento até temi que pudesse estar machucando-a, mas era para ter certeza de que ninguém a levaria embora para longe de mim mais uma vez.
Passei um tempo tentando capturar a atenção do único barman que estava trabalhando ali, e quando finalmente consegui... bem, até hoje não sei como realizei essa proeza, mas foi tudo no trabalho apenas da mão destra. Lhe solicitei dois litros de algum drink aleatório e saboroso que ele pudesse preparar, sendo um litro em uma garrafa de vidro e o outro litro em outra. Revirei os olhos enquanto ele preparava aquilo dançando apenas com a cabeça no ritmo da música, era cômico apenas nos primeiros segundos, logo tornava-se entediante. Efetuei o pagamento e segurei ambas as garrafas na mão de modo firme e com todo o cuidado possível para não deixar cair enquanto me deslocava para fora daquela massa de gente. Voltei a estar de frente para Fran, esbocei um sorriso repentino ao visualizar seu rosto. O sorriso veio de maneira natural e automática, o comando de tencionar os músculos que compreende os lábios nem passou pelo meu cérebro, só tomei consciência que estava sorrindo quando já estava-o fazendo. — Essa daqui é uma especial, uma mistura exclusiva daquele cara lá. — Indiquei o barman com um movimento de cabeça, logo em seguida lhe entreguei a garrafa de vidro destinada a ela e levei a que me pertencia aos lábios. Lentamente, solvi o seu conteúdo. O sabor era inusitado, um tanto quanto exótico, palavras não descreveriam com precisão do que aquilo se assemelhava. A descida pela garganta era leve como uma pena ao mesmo tempo que era pesada como chumbo concentrado, o teor alcóolico estava nas alturas, e até para um superorganismo como o meu, beber muito daquilo resultaria em uma puta ressaca. — Se eu fosse você, não me aventurava a ir além do litro. — Falei com o cenho franzido num tom de advertência, em seguida deslizei a ponta da minha língua para o canto de minha boca com o intuito de limpar uma gota saliente.
- Wieffering, Sisyphos:
- • Espécie: Kryptoniano
• Nível: 3
♦ super força,
♦ vôo
♦ visão de calor
♦ visão de raio-x
♦ visão telescópica
♦ super audição
♦ sopro congelante
♦ velocidade sobre-humana
♦ regeneração
♦ longevidade
♦ invulnerabilidade
▲ Inteligência: 10
▲ Força: 30
▲ Vigor: 20
▲ Resistência: 15
▲ Velocidade: 15
▲ Carisma: 10